"Multiplica os teus olhos para verem mais. Multiplica os teus abraços para semeares tudo."Cecília Meireles

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Momento de poesia

Fernando Paixão

"O poeta escreve poesia para ser criança todo dia."




Manuel Bandeira (Canção da pipa)

Voa, pequena pipa, voa,
Eleva-te com vontade aos ares
Empina, pequena coisa azul, empina,
Sobre a nossa catacumba de casas!
Se nós te seguramos pela linha
Tu te manténs nos ares
Escravo dos sete ventos
A levantar-te os obrigarás.
E nós ficamos a teus pés!
Voa, voa, pequeno ancestral
De nossos grandes aeroplanos
Olha ao teu redor para saudá-los!



Carlos Drummond de Andrade (Memória)

    Amar o perdido
    deixa confundido
    este coração.

    Nada pode o olvido
    contra o sem sentido
    apelo do Não.

As coisas tangíveis

    tornam-se insensíveis
    à palma da mão

    Mas as coisas findas
    muito mais que lindas,
    essas ficarão.




Mário Quintana (A Vida)
Mas se a vida é tão curta como dizes porque que é que me estás lendo até agora?



Cecília Meireles (Retrato)

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.


Queremos que você compartilhe seus poemas prediletos, aguardamos a sua postagem!

Projetos

PROGRAMA ALFALER Concurso Pequeno Contadores de Histórias:

Em 2008, o Projeto completou 8 anos. Tem como objetivo estimular nos alunos o interesse em conhecer novas histórias e despertar a vontade de compartilhar estas histórias com outras pessoas por meio da contação de histórias.

Foi criado pelo Bibliotecário Victor V. Moura, a Bibliotecária Júlia Gabrielle (Fundação Municipal de Cultura) deu prosseguimento até o ano de 2006. A partir desta data, a Bibliotecária atual Margareth E. Moreira é a responsável por sua organização.

PROGRAMA ALFALER

Gibiteca: projeto de leitura de gibis no recreio

PROGRAMA ALFALER

O projeto ocorre nos dois turnos (manhã e tarde) de segunda a quinta-feira. Tem como objetivo proporcionar aos alunos a leitura prazerosa de gibis, permitindo uma opção de lazer durante o recreio. O que irá possibilitar a leitura e interpretação de uma linguagem gráfica.

PROGRAMA ALFALER

Dramatização de textos literários

PROGRAMA ALFALER

Os funcionários da Biblioteca orientam sobre a dramatização de textos, sempre que solicitada espontaneamente pelos alunos. Os textos literários de autores escolhidos ou de textos de autoria do próprio aluno ou familiar são teatralizados, utilizando fantoches para sua apresentação. As apresentações são realizadas sempre antes do início do turno (Tarde).

PROGRAMA ALFALER

Jornal Mural

PROGRAMA ALFALER

É o projeto que permite a divulgação da produção dos alunos, professores e funcionários da Escola e a disponibilização de informações de utilidade para a comunidade escolar de forma agradável, privilegiando a leitura de lazer. Permite aos alunos o conhecimento do processo de produção e edição do texto jornalístico. Atualmente, o Jornal Mural não está sendo editado. A Bibliotecária da Escola está em processo de formação para editar as próximas edições em formato digital.

PROGRAMA ALFALER

Conhecendo a estrutura do livro literário

PROGRAMA ALFALER

Projeto executado de acordo com as demandas dos usuários. Apresentação da estrutura do livro literário (capa, lombada, contra capa, folha de guarda, folha de rosto, sumário, paginação, ilustrações, colofão, dedicatória, orelha, ficha catalográfica, ex-libris etc.).

Ordenar para desordenar


A Biblioteca é um ambiente vivo em constante transformação. Para atender as demandas informacionais de seus usuários foi estruturado a reorganização do acervo da Biblioteca Cecília Meireles. O layout da Biblioteca foi alterado, os títulos foram remanejados para permitir o melhor uso da coleção. Atualmente, a Biblioteca aguarda a implantação do software (Gnuteca) que irá gerenciar o Sistema de Bibliotecas Escolares da RME - SBE/PBH.


Um olhar sobre nossas raízes

Durante o mês de abril de 2008, em comemoração ao Dia do índio, a Biblioteca organizou uma exposição aberta a toda comunidade escolar e moradores da redondeza. O objetivo era refletir sobre a influência da cultura indígena no nosso dia-a-dia. Foram apresentados instrumentos musicais, adornos, alimentos, sementes e ervas medicinais recolhidos nas casas das próprias Auxiliares de Biblioteca. A exposição também contou com as fontes de informação que a Biblioteca possuía sobre o tema (livros literários, paradidáticos e de referência; materiais especiais e pesquisas recolhidas via web). Os alunos ficaram encantados com a beleza das sementes expostas, como por exemplo, a semente do pau-brasil (imagem abaixo).




Exposição Um olhar sobre nossas raízes
Detalhe da semente do pau-brasil


Agosto mês do Folclore

Durante o mês de agosto, para comemorar o Dia do Folclore, a Biblioteca apresentou 5 lendas, pouco conhecidas, das regiões brasileiras. Cada lenda apresentada era questionado aos alunos a qual região pertencia. O aluno poderia votar uma vez na urna correspondente ao seu turno de estudo. Ao final da apuração, todas as respostas certas poderiam participar de um sorteio de um livro para cada lenda apresentada no mural da Biblioteca. O projeto teve como objetivo incentivar a pesquisa escolar e divulgar o blog da biblioteca.


Mural da primeira lenda apresentada
Cabra-cabriola (Bicho-Papão)


"Quem ama cuida"

O projeto leva o título “Quem ama cuida”, para tentar sensibilizar todas as pessoas que utilizam o acervo bibliográfico da biblioteca (alunos, professores, funcionários e a comunidade), quanto a sua responsabilidade no manuseio deste material. A Biblioteca Cecília Meireles vem utilizando técnicas apropriadas na recuperação dos livros danificados de seu acervo.


Painel apresentado na Mostra de Trabalhos 2007 - SMED


O Nome do Mascote: eleições na Biblioteca

O projeto teve como objetivo promover uma eleição para escolha do nome e cor do mascote da Biblioteca, a figura de um livro humanizado. Este personagem era utilizado nos folhetos informativos da Biblioteca, para educação dos usuários. A proximidade das eleições para diretores das escolas municipais e o processo de votação do orçamento participativo 2008 começaram a motivar os alunos a refletir sobre a importância da participação nas decisões coletivas. Momento propício para que a Biblioteca executasse este projeto.


Mural com o resultado da escolha do nome do Mascote

Serviços


A Biblioteca Cecília Meireles presta os seguintes serviços aos alunos, servidores e funcionários da Escola:

Empréstimo domiciliar, orientação à pesquisa escolar, Gibiteca, levantamentos bibliográficos, atividades de promoção da leitura (hora do conto, exposições, concursos etc.).

O empréstimo domiciliar de obras literárias e atendimento à pesquisa escolar também está disponível para a comunidade da região.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Maria de Rezende Costa

História da patrona da nossa Escola

A Escola Municipal Maria de Rezende Costa recebeu este nome em homenagem a uma grande educadora, a senhora Maria de Rezende Costa, chamada carinhosamente por seus familiares e amigos de Marocas.

Marocas era filha do Desembargador João Emílio de Rezende Costa e de Dona Urbana Loureiro de Rezende Costa. Era uma legítima descendente dos Rezende Costa da Inconfidência Mineira; seu pai era bisneto do Conselheiro José Rezende Costa, companheiro de Tiradentes.

Ela nasceu no dia 21 fevereiro de 1885 e cursou o primário em Ouro Preto, antiga Capital de Minas Gerais.

Em 1897, quando a Capital foi transferida para Belo Horizonte, Marocas estava com 12 anos de idade. Seu pai foi um dos que opinou sobre o local a ser escolhido para a nova Capital. Nesta época, a família veio morar na rua Pernambuco, 880. Hoje, atual Colégio Santo Antônio, no bairro Funcionários.

Marocas continuou seus estudos em casa, com professores particulares e prestou exames no Ginásio Estadual, com inteligência e grande responsabilidade, sempre obteve as melhores notas.

Começou a lecionar muito cedo, antes de completar 18 anos de idade já era professora do Colégio Isabela Hendrix. Em uma visita a esta escola, o Secretário de Instrução Pública de Minas Gerais, Dr. Carvalho de Brito, assistiu a uma das aulas de matemática ministrada por Marocas e ficou bastante impressionado com a didática da professora. Em 05 de janeiro de 1907, o Secretário nomeou Marocas para o Primeiro Grupo Escolar da Capital, o Barão do Rio Branco. Marocas lecionou neste grupo durante 7 anos.

Em janeiro de 1914 foi nomeada diretora do Grupo Escolar Bernardo Monteiro, no bairro Calafate.

Devido ao seu excelente trabalho, Marocas foi convidada para dirigir o Grupo Escolar Barão de Macaúbas, no bairro Floresta. Ela se tornou a primeira diretora do Barão de Macaúbas em 7 de julho de 1921. Permaneceu nesta instituição até a sua aposentadoria.

As pessoas que acompanhavam o trabalho da professora diziam que Dona Marocas educava o bairro inteiro, através de reuniões e entrevistas com pais e alunos orientando-os e transmitindo-lhes noções de higiene, educação etc. Isto não era comum naquela época.

A diretora e professora era muito enérgica, exigia muita disciplina dos alunos e servidores que trabalhavam com ela. Entretanto, sabia dosar a autoridade com uma grande compreensão dos problemas alheios. Era uma pessoa bondosa. Fazia da escola uma parte do lar, acolhedora e amiga.

Nunca se casou, apesar de não lhe faltarem pretendentes. Ao se aposentar, em 30 de dezembro de 1938, recebeu uma carta do Chefe do Departamento de Educação, o Dr. Eliseu Laborne Vale:

"Ao ensejo da publicação do ato em virtude do qual fostes aposentada do cargo de diretora do Grupo Escolar Barão de Macaúbas, desta Capital, é de justiça que se faça especial menção aos serviços excepcionais que prestastes, durante longos anos, à causa educacional em Minas, sendo a vossa vida um exemplo brilhante de amor ao ensino e de bem entendido patriotismo. Podeis guardar a certeza de que vosso nome permanecerá na lembrança das gerações que receberam as luzes do vosso espírito esclarecido e nunca será esquecido por quantos sabem o que é uma grande educadora."

Maria de Rezende Costa, Dona Marocas, faleceu no dia 12 de junho de 1954, em Belo Horizonte.

Funcionários da Biblioteca

Bibliotecária:
Margareth Egídia Moreira

Auxiliares de Biblioteca:

Ivete Nogueira
(Turno da Tarde)

Regina Nascimento
(Turno da Manhã)


Professora:
Maria Aparecida Freitas
(Turno da Tarde)

Um pouquinho da nossa história

clique na imagem para ampliar


A Biblioteca-pólo Cecília Meireles está localizada na Escola Municipal Maria de Rezende Costa, na Regional Noroeste. A Escola foi fundada em 21 de junho de 1971.

A Biblioteca Cecília Meireles foi registrada no Conselho Regional de Biblioteconomia – CRB, sob o número de registro B. Esc. 121, em 25 de abril de 1977.

Em 1997, foi implantado na Secretaria Municipal de Educação – SMED, o Programa de Revitalização das Bibliotecas Escolares da Rede Municipal de Educação, com o Programa foram criadas bibliotecas-pólo nas diversas regionais. Assim, a Biblioteca Cecília Meireles passou a ser denominada de Biblioteca-pólo Cecília Meireles. É uma das 38 bibliotecas-pólo da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.





Programa de Bibliotecas


O reconhecimento do trabalho realizado pelo Programa de Bibliotecas foi condecorado com o prêmio de Melhor Programa de Incentivo à Leitura junto a Crian­ças e Jovens, realizado em 2005 pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Em 2006 recebeu a Medalha de Ordem do Mérito do Livro, concedido pela Biblioteca Nacional pela relevante contribuição ao livro, à leitura e à biblioteca.